
A Europa vendeu neste ano mais de 500 mil carros elétricos e já soma um recorde no continente. Só no Reino Unido, entre janeiro e outubro, o público comprou 75 mil automóveis. O número é mais que o dobro de 2019. Mesmo que alto, isso representa 5,5% do mercado total.
Sobre as opções híbridas (carros que podem ser abastecidos com combustível ou energia elétrica), as vendas ultrapassaram a marca de 1 milhão de unidades, somando Reino Unido e outros 17 países. Em 2019 foram 354 mil carros.
As informações são da Schmidt Automotive Research e representam o aumento de compras nessa área, influenciados também pelas medidas impostas pelos países.
No dia 18 de novembro, o ministro Boris Johnson anunciou que o Reino Unido vai proibir a venda e novos carros e vans movidos a combustível fóssil (gasolina ou diesel) a partir de 2030. Essa decisão, que já tinha sido comentada, foi prorrogada em cinco anos.
O conjunto de países terá um plano de “revolução industrial verde” e pretende zerar as emissões de carbono até 2050 criar 250 mil empregos nas áreas de energia, transportes e tecnologia. Essa proposta deverá custar US$ 16 bilhões (aproximadamente R$ 85 bilhões).
Já a indústria da Alemanha vai receber até 5 bilhões de euros (mais de R$ 30 bilhões) para ajudar na crise da Covid-19 e também para seguir com as produções de carros elétricos.
Para o analista do estudo, Matthias Schimidt, há algo que acaba impulsionando esse mercado ao crescimento: “O principal impulsionador do mercado tem sido, sem dúvida, a corrida dos fabricantes para atingir novas metas de emissão média de CO2, implementadas neste ano”.
No mês de outubro na Europa, do total de 13,3 milhões de carros vendidos, a maioria eram movidos a gasolina e diesel.